(English translation on comment box)
Relatividade
Abro os olhos e o mundo diz
Que o que vejo é real.
Apuro meus ouvidos
E a loucura da realidade
Me arrasta,
Me prende,
Me condena à sua indesejável
Liberdade.
Me cega por querer ver,
Me ensurdece por tentar ouvir,
Me emudece por amar,
Por tentar acordar,
Mostrar essa insensata realidade
Aos que vivem em sua morte.
Fecho os olhos e esqueço, entretanto,
Da minha falta de sentidos,
Ao presenciar o vasto mundo,
Fruto da esperança,
De seu curioso olhar:
Os últimos a morrer;
Os primeiros a revelar
Minha irrealidade.
E minha visão, ao retornar
Preciso escrever.
Não somente quero,
mas preciso.
Não sei o que é,
não sei o que veio,
desavisado,
a me avisar do que
não somente quero,
mas preciso:
escrever.
Sem porquê.
The Dragon and the Lion by Marius--Verius, literature
Literature
The Dragon and the Lion
The daze, the aimless walk, the mind that barely exists, for it barely thinks. Over and over the sensations surround and render them slaves to their marvel, like a mist of a sweet aroma crawling through the inside of their skin with its subtle but resilient domination. The Shadows flow with the Light, a misterious junction which nourishes such enchantment. The Dragon and the Lion, and their Embrace. A peace that seems to have neither beginning nor end, and thus always in its apogee. A serene ecstasy, a higher comprehension of the Universe, now full and complete not because the Embrace fills it - though it could - but simply because the Univer
It crashed into me:
unforeseen, swift, decisive.
Stripped everything:
decimated my resolve,
pulverized my calm,
lifted the ashes
of a once blissful,
fruitful...
It covered my sky:
I found torment where there was contentment;
irreverence where there was acceptance;
Shadow in the kingdom of Light.
I had tamed it,
conquered it,
ceased it;
turned vain any worries,
any poisonous hopes
that it might sneak by,
conspiring, vile thing,
gathering, unseen,
poising for strike.
And so it crashed:
time crawled,
memories came, went,
came, went, came,
endlessly,
comparing a blissful,
fruitful...
to its dreadful absence.
And what
Poetica III - Auditus by Marius--Verius, literature
Literature
Poetica III - Auditus
A música e o silêncio
O silêncio e a música
são irmãos;
a lânguida explosão
e o peito dos Ouvintes,
Amantes.
Meus ouvidos, portais
para mundos criados
em segundos;
para vidas sonoras,
para o pulso insaciável
do infinito.
Poetica II - Visionis by Marius--Verius, literature
Literature
Poetica II - Visionis
Eu te vejo, querida,
por aí, escondida
nas faces
daqueles que cultivam,
em segredo, sua mãe:
a Beleza.
As cores das palavras
e a harmonia das cores
te revelam,
em ruas, corpos, almas,
aos olhos encantados
do poeta.
Corre!
Olha a moça!
Corre, moça!
Corre que o ônibus vem!
Tadinha,
que frio!
Corre que aqui tá quentinho!
Corre pra ficar pertinho
de mim, passageira eterna,
passageira como eu - corre!
Corre que tá pra sair!
Vem, aperta o passo
pra sentar aqui comigo
bem aqui do meu ladinho,
minha mocinha pequenina,
toda tão arrumadinha,
de bochecha vermelhinha,
tão lindinha de correr!
Quando eu abro o chuveiro,
o que cai não é água;
é poesia.
É poesia o que me afaga.
As carícias das gotas
são palavras.
A brisa sibilante
em danças e piruetas
joga uns versos
nas pontas dos meus dedos
Pra que elas os coloquem
no eterno.
Essência
Há algo morto em mim.
A poesia voltou,
mas há algo morto.
Algo antigamente ancestral,
algo inteiramente
central,
imprescindível,
instintivo.
Talvez não morto,
mas ferido mortalmente.
Em coma.
Em transe.
Irracional.
Sou eu.
Morri em mim.
Cadê?
O quarto escuro, o tempo frio,
a chuva. Só há chuva.
Não há produto, não há estio.
Não há sol nem há lua.
Desencontrei minha poesia,
raptaram minha musa.
Inútil, vivo cada dia
em torpor, em tortura.
Meu canto, meu ponto de vista,
embora pobre e pouco,
era pra mim toda a vida
e fez, de tudo, aquilo outro.
Cadê a minha poesia...?
...
Ah!
(English translation on comment box)
Relatividade
Abro os olhos e o mundo diz
Que o que vejo é real.
Apuro meus ouvidos
E a loucura da realidade
Me arrasta,
Me prende,
Me condena à sua indesejável
Liberdade.
Me cega por querer ver,
Me ensurdece por tentar ouvir,
Me emudece por amar,
Por tentar acordar,
Mostrar essa insensata realidade
Aos que vivem em sua morte.
Fecho os olhos e esqueço, entretanto,
Da minha falta de sentidos,
Ao presenciar o vasto mundo,
Fruto da esperança,
De seu curioso olhar:
Os últimos a morrer;
Os primeiros a revelar
Minha irrealidade.
E minha visão, ao retornar
Preciso escrever.
Não somente quero,
mas preciso.
Não sei o que é,
não sei o que veio,
desavisado,
a me avisar do que
não somente quero,
mas preciso:
escrever.
Sem porquê.
It crashed into me:
unforeseen, swift, decisive.
Stripped everything:
decimated my resolve,
pulverized my calm,
lifted the ashes
of a once blissful,
fruitful...
It covered my sky:
I found torment where there was contentment;
irreverence where there was acceptance;
Shadow in the kingdom of Light.
I had tamed it,
conquered it,
ceased it;
turned vain any worries,
any poisonous hopes
that it might sneak by,
conspiring, vile thing,
gathering, unseen,
poising for strike.
And so it crashed:
time crawled,
memories came, went,
came, went, came,
endlessly,
comparing a blissful,
fruitful...
to its dreadful absence.
And what
Poetica III - Auditus by Marius--Verius, literature
Literature
Poetica III - Auditus
A música e o silêncio
O silêncio e a música
são irmãos;
a lânguida explosão
e o peito dos Ouvintes,
Amantes.
Meus ouvidos, portais
para mundos criados
em segundos;
para vidas sonoras,
para o pulso insaciável
do infinito.
Poetica II - Visionis by Marius--Verius, literature
Literature
Poetica II - Visionis
Eu te vejo, querida,
por aí, escondida
nas faces
daqueles que cultivam,
em segredo, sua mãe:
a Beleza.
As cores das palavras
e a harmonia das cores
te revelam,
em ruas, corpos, almas,
aos olhos encantados
do poeta.
Corre!
Olha a moça!
Corre, moça!
Corre que o ônibus vem!
Tadinha,
que frio!
Corre que aqui tá quentinho!
Corre pra ficar pertinho
de mim, passageira eterna,
passageira como eu - corre!
Corre que tá pra sair!
Vem, aperta o passo
pra sentar aqui comigo
bem aqui do meu ladinho,
minha mocinha pequenina,
toda tão arrumadinha,
de bochecha vermelhinha,
tão lindinha de correr!
Quando eu abro o chuveiro,
o que cai não é água;
é poesia.
É poesia o que me afaga.
As carícias das gotas
são palavras.
A brisa sibilante
em danças e piruetas
joga uns versos
nas pontas dos meus dedos
Pra que elas os coloquem
no eterno.
Essência
Há algo morto em mim.
A poesia voltou,
mas há algo morto.
Algo antigamente ancestral,
algo inteiramente
central,
imprescindível,
instintivo.
Talvez não morto,
mas ferido mortalmente.
Em coma.
Em transe.
Irracional.
Sou eu.
Morri em mim.
Cadê?
O quarto escuro, o tempo frio,
a chuva. Só há chuva.
Não há produto, não há estio.
Não há sol nem há lua.
Desencontrei minha poesia,
raptaram minha musa.
Inútil, vivo cada dia
em torpor, em tortura.
Meu canto, meu ponto de vista,
embora pobre e pouco,
era pra mim toda a vida
e fez, de tudo, aquilo outro.
Cadê a minha poesia...?
...
Ah!
Terça qualquer?
Era terça-feira, dia de aula. Como sempre, por um tempo que parecia fluir rápida porém eternamente, precisara tomar o ônibus e então o metrô. Como sempre, por minutos e minutos cada vez mais estranhos, sua presença parecia ausente. As pessoas, silenciosas, conversavam com amigos, consigo mesmas ou com algo invisível - conversavam com todos menos com ele, que tanto buscava uma conversa, uma conexão. Sua presença, por mais ansiosa e atraente, era nada mais que etérea. Ele era o aluno eterno, o insaciável, o humano. E ele, o humano, acabou desconectado daqueles to
(English translation on comment box)
À Elisa de meus sonhos,
a quem devo mil palavras
e mil silêncios;
A mulher que me fez
tal como lhe fiz:
de súbito amor,
de anos de louvor,
deixando centenas,
mas enfim
nenhuma cicatriz;
À Elisa de meus anseios,
meu anjo, minha lei,
afagos efêmeros,
estes poucos versos:
Tudo o que sei,
foi ela quem disse,
ela quem mostrou.
Foi ela quem fez, de fato,
tudo o que sou.
E como a amei
sem tê-la sequer conhecido!
E como amarei, sempre
sem nunca sequer conhecê-la
nem como alguém que,
num dia qualquer,
cruzou qualquer rua comigo.
Aspiring poet, born in Brazil, writes mainly in Portuguese. Translations to most works as well as their date of creation can be found in the comment boxes directly below the original text.
Favourite TV Shows
X-Files, MacGuyver
Favourite Writers
Carlos Drummond de Andrade
Favourite Gaming Platform
PS3, PC
Other Interests
Languages and Literatures, Martial Arts, IT and everything else
Thank you from the bottom of my heart to all my avid readers. I will continue to not disappoint!
Agradeço do fundo do peito todos os meus leitores ávidos. Continuarei a não desapontar! ;D
I've been busy with essays and exams, but soon I will have new postings. Keep watch!
The translations for the 3 last works are up!
Enjoy!
More will be coming soon - be sure to click on "Browse Gallery" for a more organized view of my works.
Salve! to te convidando para entrar nesse grupo que criei com um amigo meu: [link] acho que te interessaria (Literatura BR), resolvemos criar um espaço para o escritor brasileiro aqui no DA. No meu jornal há uma divulgação, se puder divulgar também eu agradeço! Abraço! tomara que goste!